sexta-feira, 29 de maio de 2015

Sistema ELO de Londrina

O TMA Londrina traz com exclusividade fotos do primeiro Mamuth instalado no Aeroporto de Londrina, junto com algumas curiosidades sobre a modificação do projeto além de como é a operação dos conectores. Com a conclusão prevista para o fim do mês, o sistema ELO de Londrina sofreu algumas mudanças do projeto original e por conta disso sofreu um atraso de alguns meses para ser instalado.

Vista aérea dos conectores e esquema do pátio
A mudança mais visível são nos corredores que ligam os conectores à sala de embarque e desembarque. O projeto inicial previa placas de alumínio e vidro, que mesmo com ar condicionado ligado, em regiões quentes tornava a temperatura desagradável dentro deles. Dessa forma, os corredores originais foram substituídos por corredores feitos com placas de alumínio e poliisocianurato injetado - um isolante térmico e acústico - além de vidros preenchidos com argônio, retirando o oxigênio e assim evitando a condensação do da umidade existente no ar.

Apesar de esteticamente não serem agradáveis por fora, os corredores além de serem funcionais - a climatização  mesmo ainda sem o ar condicionado instalado é bastante agradável - a parte interna lembra bastante uma ponte telescópica já a parte externa será reservada para publicidade, gerando receita para a Infraero que é algo importante, pois os maiores aeroportos da rede foram concedidos a iniciativa privada gerando a necessidade de tornar os aeroportos de médio porte economicamente rentáveis.
A escada se adapta com a altura do conector
Os conectores tem dois tipos de operação: a operação manual e a automática. A operação manual como o próprio nome já diz, possibilita o acoplamento em aeronaves com o piso da porta dianteira em uma altura que varia de 2,5 metros até 3,5 metros. Já a operação automática já estão pré programados as aeronaves que normalmente operam em Londrina, como por exemplo Boeing 737-800, Airbus A320 e o Embraer E-190. Nesse caso é só escolher o modelo de aeronave que o conector ajusta automaticamente a altura e o operador faz os ajustes finais. Para os ATR 72-600 o conector não é utilizável porém, o passageiro se deslocará até a aeronave por um dos corredores e sairá por uma porta próxima da aeronave.
Saída para embarcar em um ATR 72-600
Para essas mudanças de altura, a escada e o elevador se adaptam a posição do conector, evitando degraus entre os níveis. Um fator positivo do ELO é a melhoria no tempo de embarque e desembarque, além da acessibilidade de cadeirantes que utilizam o aeroporto. O tempo desta operação é otimizada, evitando transtornos e aumentando a agilidade na hora do embarque. Outros fatores positivos é a proteção contra o tempo, a fácil manutenção e o baixo custo de operação.
Cobertura estendida "vedando" o ambiente
De um modo geral, a utilização do ELO será prioritária, mesmo em aeronaves que não tenham cadeirantes a bordo. Quando houver a situação de uma ou mais aeronaves que tenham, a aeronave que tiver o maior número de pessoas com necessidades especiais terá prioridade sobre as demais. Outra vantagem do sistema é a fácil montagem, adaptando-se facilmente às modificações que podem ocorrer, como por exemplo quando for inaugurada a nova sala de desembarque.
"T's" de posição para
Questionando sobre o possível motivo da escolha do ELO ao invés das tradicionais pontes telescópicas, o Gerente de Gestão Operacional e Segurança Aeroportuária da Infraero em Londrina, Wander Melo Junior nos informou que para o Plano Diretor do Aeroporto de Londrina, contempla um novo terminal de passageiros e que nesse terminal o projeto as pontes telescópicas já estariam contempladas.
Podemos entender que as modificações, apesar de esteticamente não serem agradáveis, elas são funcionais e cumprirão com seu objetivo, aumentando a acessibilidade, agilidade nas operações além de proteger o passageiros do tempo. Essas melhorias são sempre bem vindas para o usuário e tornam os embarques e desembarques mais agradáveis.

Espero que vocês tenham gostado da explicação, confesso que essa visita foi bastante esclarecedora e que fiquei bastante surpreso com o sistema. Fica aqui o muito nosso muito obrigado ao Wander pela paciência em explicar como funcionam as pontes de embarque e nos mostrar de uma forma geral o dia a dia de operações no aeroporto de Londrina.
Dois dos três Mamuths que estão em Londrina

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